Sátira com a Partilha da África
Durante o fim do século XIX e início
do século XX, o mundo passou pelo processo do Imperialismo, que ocorreu por
consequência das transformações trazidas pela Segunda Revolução Industrial. Ao
dominar e explorar a periferia do capital (África e Ásia), sob a justificativa
cultural do “fardo do homem branco”, as potências europeias buscaram nela
matéria-prima, mercado consumidor, mão de obra barata e áreas para reinvestir o
capital.
Nesse contexto, a África foi
partilhada entre os países europeus, sem nenhum respeito às diferentes etnias
existentes ali, não levando em consideração as diferenças culturais e as disputas
tribais, a fim de colonizá-la. Portugal manteve no continente africano como
colônias Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
Tais colônias foram exploradas por anos, sendo submetidas às relações comerciais
exclusivas com Portugal, sofrendo com o tráfico de escravos e com o desrespeito
às etnias locais, o que causou muitas mortes e conflitos que perduram até hoje,
assim como os ideais racistas.
Abaixo, um mapa que
mostra detalhadamente as divisões no continente africano entre os países
europeus que colonizaram cada região e os anos de independência das respectivas
colônias. Observa-se que a maioria delas só obteve sucesso nos movimentos de independência
a partir da segunda metade do século XX, sobretudo as atrasadas colônias
portuguesas, nos anos 70:
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